Mesmo com o a crise econômica, política e social que o Brasil enfrenta nos últimos anos, marcada pelo crescimento do desemprego, o qual atinge quase 12% da população economicamente ativa no país, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelas quedas nas vendas do Varejo, com um decréscimo de 10% em relação a 2016, existe um segmento em constante alta mesmo nesse cenário delicado.

Trata- se do E-Commerce, esse setor de venda online de produtos que em meio a esse conturbado momento nacional caminhou na contramão do restante do mercado, apresentando novamente crescimento em 2016, assim como aconteceu em 2015.

Com um faturamento de R$44,4 bilhões em 2016, este segmento teve crescimento nominal de 7,4%, muito acima de qualquer outro setor da economia brasileira e deve crescer 12% em 2017 com quase R$65 bilhões em faturamento, segundo dados da associação brasileira de Comercio Eletrônico (ABCOM).

O aumento das vendas online, mesmo em um período de recessão, se deve a popularização dos smartphones e também a proliferação dos tablets na sociedade brasileira que trouxe uma enorme gama de novos e-consumidores. Desse modo, mais de 21% das transações on-line foram realizadas por meio de dispositivos móveis em 2016.

Além disso, os consumidores compreenderam que na internet é possível não apenas encontrar os menores preços, mas também comparar a funcionalidade de cada produto. Com isso, a aquisição de determinado item é muito mais segura e efetiva.

Outra razão que leva o E-Commerce a crescer é a possibilidade de encontrar dezenas de opções de compras em apenas alguns minutos de pesquisa. Além disso, as compras pela internet estão cada vez mais seguras e com as fraudes sendo combatidas diariamente. Por fim, o consumidor ainda vai ter boas condições de pagamento e atendimento personalizado.

Esta popularização do acesso à internet por meio de dispositivos móveis, permitindo rápido acesso às informações de preços, aliada à melhora na qualidade dos serviços e experiência de compra, contribuíram para aumentar migração das compras do consumidor brasileiro para o comércio eletrônico. Por conta desse cenário positivo, a Ebit estima que em 2017 as vendas do e-commerce representarão cerca de 4,3% das vendas do varejo no brasil, ante 3,8% em 2016.

“Uma pesquisa realizada pela A. T. Keranet em mais de 20 países, apontou que no Brasil, 64% das pessoas entrevistadas preferem realizar compras de forma online em relação a lojas físicas, isso demonstra o poder que esse segmento possui no país, afirma o experiente consultor em entrevista ao portal InfoMoney.

Ainda de acordo com o profissional, as vendas online oferecem uma praticidade e rapidez que as pessoas procuram. Por isso, essa tendência do E-Commerce deve se consolidar pelos próximos anos.

“Apenas em 2016, 48 milhões de consumidores compraram no comércio eletrônico pelo menos uma vez no ano, alta de 22% ante 2015, ou seja, quase um quarto da população brasileira usa a internet para adquirir um item, algo que precisa ser aproveitado por novos empreendedores virtuais.

Além disso, um levantamento do Speding Pulse, indica que apenas nos primeiros três meses de 2017, houve um crescimento médio de 25% nas vendas pela internet. Isso comprova que o E-Commerce é um importante fator dentro da economia brasileira, elucida Gama.

Rafael também ressalta que o Black Friday é uma importante demonstração da força que esse comércio online brasileiro possui, mesmo em relação à venda nas lojas físicas e que essa tendência de vendas online deve ter um crescimento contínuo pelos próximos anos.

“Um evento que em apenas um dia tem um faturamento de R$1,9 bilhão, o que equivale a 13 vezes a média de um dia comum, é um sinal claro de que o E-Commerce já está embutido nas compras dos brasileiros e quem souber aproveitar essa área pode ganhar muito dinheiro online”, declara.

O especialista também dá algumas dicas do que deve ser feito para quem pretende abrir um próprio site para vendas de produtos online e ter sucesso nesse empreendimento.

“É importante observar os setores que mais vendem; por exemplo, de acordo com o Ebit, a venda de eletrodomésticos e produtos para informática foram responsáveis por 34% do total dos itens comercializados no comércio eletrônico em 2016, assim esse é um importante setor para ser explorado por quem pretende abrir uma loja própria”, explica.

Rafael finaliza ressaltando que uma boa divulgação dos produtos e principalmente uma comunicação direta com o público é um processo chave para o sucesso desse empreendimento de venda de produtos online.

“Um fator que se deve sempre levar em consideração é o layout do seu ecommerce, que tem quer ser simples e facilitar a navegação do usuário. Por fim, uma dica de ouro é sempre tentar oferecer um conteúdo personalizado para o seu público alvo. Uma boa forma de fazer isso é criando um blog e dando dicas de uso do produto, esclarecendo dúvidas e apresentando as últimas novidades do mercado. Esses fatores são importantes para o sucesso do seu empreendimento”, conclui o consultor.

FONTE: http://exame.abril.com.br/negocios/dino/vendas-do-e-commerce-devem-se-manter-em-alta-pelo-setimo-ano-consecutivo-shtml/

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