Quando se discute modelos de alocação de mercadorias, é muito comum surgir a dúvida entre os processos Push (empurrados) e os Pull (puxados). Coloca-se a questão sobre qual seria o ideal. A resposta, no entanto, não é tão simples quanto afirmar que um modelo está errado e o outro irá solucionar todos os problemas do varejista, pois os dois são necessários. O que define a utilização de cada um é a característica do produto em questão, baseado em seu ciclo de vida.

Mas, afinal, o que são esses modelos de alocação de mercadorias? O modelo Push é aquele em que a distribuição de produtos para as lojas é calculada e decidida de forma centralizada, assim como a própria compra dos produtos. Já no modelo Pull, a distribuição é definida pelas lojas, que requisitam os produtos de acordo com sua necessidade de estoque.

E como eles coexistem? Mesmo no modelo Pull, é preciso haver uma primeira distribuição empurrada, o chamado “enxoval” da loja, que é determinado pelas características tanto da loja quanto dos produtos. No varejo de moda, essa é uma necessidade recorrente com as trocas de coleções. Por sua vez, mesmo um bom modelo Push pode se beneficiar de produtos em um processo de distribuição puxado. São os casos daqueles produtos básicos, não muito sazonais, em que é possível realizar uma distribuição puxada inclusive direto do fornecedor.

Assim, é possível estabelecer um modelo misto. Nesse caso, realiza-se uma primeira distribuição empurrada para as lojas, mantendo um volume armazenado em CD para posterior distribuição puxada. Posteriormente, com o recebimento de novos lotes de mercadorias, é necessário julgar pela continuidade da distribuição Pull, ou se já está no momento de realizar novo Push, para recompor o estoque e sortimento das lojas. Essa decisão pode ser tomada automaticamente através de algoritmos, que garantam as quantidades mínimas e máximas por produtos desejadas em cada loja, bem como considerem o lead time (diferença de tempo entre o reconhecimento da necessidade e abastecimento da loja).

Então, o que determina o uso do modelo Pull ou Push são as características do produto, o papel estratégico de cada categoria, e os objetivos de negócios do varejista. Um bom modelo de alocação, que leve em conta essas questões, certamente trará bons resultados. Os ganhos para o varejista serão vistos no giro de estoque, na redução de rupturas e remarcações, e, consequentemente, na margem.

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