Se confirmado, seria a primeira alta nas vendas desde 2014; número de empregos será menor em relação a 2016.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o período da Páscoa deverá movimentar R$ 2,1 bilhões no país e o volume de vendas deve ter crescimento de 1,3%, já descontada a inflação, na comparação com 2016. Seria o maior aumento real de faturamento para o período desde 2014, quando a variação positiva em volume de vendas foi de 2,6%, segundo a entidade. Em 2015 e no ano passado, houve quedas de 1% e 4,3%, respectivamente.

Do ponto de vista das vendas, a melhor Páscoa para o setor ocorreu em 2010 (+9,5%), ano em que o volume total de vendas do varejo avançou 10,9%.

Os hiper, super e minimercados, bem como as lojas especializadas em produtos associados à Páscoa, deverão faturar cerca de R$ 2,1 bilhões com as vendas de Páscoa neste ano.

Segundo a CNC, parte da recuperação está associada ao comportamento dos preços, já que a variação média da cesta composta por bens e serviços mais demandados (4,6%) foi a menor desde a Páscoa de 2008. “Além do longo período de queda da demanda, o comportamento da taxa de câmbio tem contribuído para o menor ritmo de reajuste de preços desses produtos. Durante o período de formação dos estoques do varejo para essa data, também houve um recuo de 17,4% do dólar frente ao real, comportamento inédito para os últimos sete anos”, explica Fabio Bentes, economista da CNC.

Queda nos preços

À exceção dos chocolates, cuja alteração na fórmula de cálculo do IPI (imposto sobre produtos industrializados) levou a um aumento expressivo (+14,6%), todos os demais preços livres analisados registraram desaceleração ou queda em relação à Páscoa de 2016, destacando-se passagens aéreas (-1,3%) e combustíveis (-0,8%).

Menos emprego

A Páscoa oferecerá menos vagas em 2017, com expectativa de 10,7 mil postos de emprego frente aos 11,3 mil contabilizados no ano passado. Os supermercados responderão por 60% das vagas geradas e pagarão um salário médio de admissão de R$ 1.170.

Não será neste ano que os temporários serão efetivados no empego, já que a previsão para o período é de absorção praticamente nula, seguindo o ritmo dos últimos três anos. Entre os fatores, aponta a CNC, o baixo aumento das vendas e a improvável reversão das condições de consumo no curto prazo.

As projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para a Páscoa baseiam-se em aspectos sazonais das vendas e levam em consideração as tendências de evolução dos níveis de ocupação e renda, além da variação de preços de produtos relacionados à data.

FONTE: http://g1.globo.com/economia/noticia/vendas-na-pascoa-2017-devem-ter-crescimento-de-13-diz-cnc.ghtml