As compras feitas via plataformas online, no Brasil, devem aumentar em 2018. De acordo com o relatório “Webshoppers”, da Ebit, empresa que divulga pesquisas e insights sobre o consumo na internet, estima-se que o e-commerce terá crescimento de 12% no faturamento, rendendo ao todo R$ 53,5 bilhões (sem contar o mercado de revenda e usados em geral).

A série histórica mostra uma evidente ascendência do e-commerce brasileiro. Em 2011, o lucro era de R$ 18,7 bilhões. No ano passado, os números chegaram a 47,7 bilhões em faturamento – aumento de cerca de 155% no período. De 2016 para 2017 o aumento foi de 8% e, no ano anterior, de 7%. Portanto, o crescimento de 2018 deve ser o maior após dois anos de alta de apenas um dígito.

Mas segundo o diretor executivo da Ebit, André Dias, o resultado ainda está aquém do potencial do Brasil. “O sucesso depende da equalização de três fatores fundamentais: rápida integração de lojistas, gestão da qualidade de atendimento e excelência nos processos operacionais para gestão de estoque, frete e entrega”, afirma Dias.  “Os números mostram, sim, crescimento do setor, mas ainda é tímido”, conclui o executivo.

Segundo o IBGE, as vendas do e-commerce representaram 4% do total no varejo, em 2017. A previsão da Ebit para 2018 é de um ligeiro aumento de até 0,5 ponto percentual.

Dispositivos móveis no e-commerce

Houve em 2017 aumento de 11% no número de pedidos via smartphones e tablets em relação a 2016. No entanto, atualmente, as compras por meio de dispositivos móveis representam apenas 27,3% contra 72,7% dos desktops. “Se nós considerarmos o volume de acessos por celulares e tablets (mais de 50% dos usuários), o número de transações feitas pelos aparelhos continua baixo”, diz Dias, em entrevista ao portal NOVAREJO.

A insegurança de ter os dados roubados e a má experiência dos clientes nos sites, em geral, são os principais fatores negativos. “De fato, o consumidor já adotou o celular para procurar produtos, mas ele ainda tem receio na hora de concluir o pedido. E a experiência do consumidor nas plataformas ainda não é ideal”. A estimativa da Ebit para 2018 é de que a aquisição de produtos por dispositivos móveis cresça e atinja, aproximadamente, a marca de 40%.

Categorias

O segmento de Moda e Acessórios manteve a liderança e aumentou a sua participação nas vendas com 14,2% dos pedidos, seguido por Saúde, Cosméticos e Perfumaria, com 12%, e eletrodomésticos, com 10,8%. Já no volume financeiro, o maior retorno veio do setor de Telefonia e Celulares, atingindo 21,2% de fatia do total de faturamento do e-commerce.

Meios de pagamento

Com a intenção de não se endividar e obter maiores descontos, cerca de 50% dos consumidores optaram pelo pagamento à vista em 2017. No ano anterior, o número era menor: 42,2%.

http://www.portalnovarejo.com.br/2018/03/09/e-commerce-deve-ter-maior-crescimento-em-2018-apos-dois-anos/