Segundo a FecomercioSP, Natal não foi suficiente para adequar os estoques e 49% dos comerciantes estão com o volume de itens abaixo ou acima do adequado.

Mesmo com a alta demanda no Natal, o comércio da Região Metropolitana de São Paulo iniciou 2017 com os estoques ainda elevados. Pesquisa da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) mostra que quase 35% dos empresários estão vendo seus estoques acima do adequado e 14% abaixo do que consideram o nível ideal.

Segundo a pesquisa, houve uma alta de 5,4% no número de empresários que afirmam estar com estoques acima do adequado e aumento de 1,2% daqueles que dizem ter produtos abaixo do ideal.

Isso fez com que ocorresse recuo de 3,8% no Índice de Estoques, que mostra a adequação do estoque do setor. Com isso, em janeiro, o Índice chegou a 90,8 pontos. A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, os indicadores, compostos pela confiança de empresários, consumidores, índice de estoques, propensão a investir e a contratar, ainda indicam “que o País está pavimentando o caminho para a recuperação em 2017, porém, todos esses números acabaram por decepcionar, de certa forma, no início do ano”.

A Entidade pondera que essa decepção é efeito do exagero de otimismo do final de ano, mais do que efetivamente um processo de interrupção definitiva da recuperação. Existe também um aspecto novo no País que se acentua com a crise: os consumidores passam a esperar as datas de promoções, comprando só o indispensável no Natal (por exemplo) e aguardando melhores oportunidades para fazer suas compras.

De acordo com a Federação, esse comportamento tem mudado a sazonalidade das vendas do varejo brasileiro, com o mês de dezembro perdendo um pouco da sua importância (ainda que se mantendo o mês mais relevante para o comércio) e o mês de janeiro ganhando um patamar de consumo que não ocorria no passado. Se isso se confirmar, em janeiro, a FecomercioSP acredita que pode ocorrer o inverso: estoques caírem e confiança voltar a subir.

De qualquer maneira, a Federação não acredita que o ajuste de estoques, como o de produção e do emprego no País seja rápido ou mesmo homogêneo. Não sendo possível, por exemplo, um ajuste de estoques baseado nas vendas de Natal ou de promoções de janeiro para segmentos como o de concessionárias ou de móveis e decorações, mas para vestuário, calçados, e até alguns eletroeletrônicos mais simples e baratos, as promoções de início de ano podem surtir um bom efeito.

FONTE: http://www.fecomercio.com.br/noticia/apos-o-natal-estoques-estao-inadequados-em-49-dos-estabelecimentos-no-varejo

Assim, observando esses pontos, as varejistas podem obter grandes ganhos produtivos e comerciais com um processo de alocação automatizado verdadeiramente eficiente. Esse pode ser o diferencial para o sucesso em um mercado tão competitivo como o varejo.