No mês em que se comemora o Dia das Mães, o comércio deve faturar R$ 50 bilhões no estado. Na cidade de São Paulo, devem alcançar R$ 16 bilhões, segundo a FecomercioSP.

O varejo paulista estima um crescimento de 4% nas vendas do mês de maio, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Projeção da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP) indica que, no mês em que se comemora o Dia das Mães, o comércio deve faturar R$ 50 bilhões no estado.

Na cidade de São Paulo, as vendas devem alcançar R$ 16 bilhões, alta de 5% em relação a maio de 2016. De acordo com a entidade, o cálculo é feito considerando as principais variáveis conjunturais, como a queda da inflação, os cortes na taxa básica de juros e a elevação na renda agrícola, por causa do aumento de exportações de commodities, que tem relevância na economia paulista.

A FecomercioSP destaca que esses fatores “revelam uma combinação positiva de elementos determinantes do movimento varejista”.

Na avaliação por setor, a previsão de crescimento nas vendas de eletrodomésticos e eletrônicos deve ocorrer mais pela base comparativa fraca de 2016 – quando as vendas caíram 15% – do que por um aumento de vendas real. A alta mais expressiva deve ser registrada no setor de farmácia e perfumaria, com uma estimativa de que crescimento “dois dígitos no mês”.

“A federação pondera que o bom desempenho esperado para o varejo no mês do Dia das Mães não deve ser totalmente creditado a um aumento expressivo de vendas na data comemorativa, mas sim a uma combinação de fatores específicos que estão marcando o atual processo de normalização do ritmo da atividade varejista”, avalia a entidade.

CNDL

O Dia das Mães deve injetar cerca de R$ 14 bilhões de reais nos setores de comércio e serviços, conforme pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) divulgada antecipadamente para o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Segundo estimativas das instituições, 109 milhões de brasileiros devem comprar algum presente na segunda data mais importante para o comércio do ano.

O presidente da CNDL, Honório Pinheiro, diz que o Dia das Mães pode servir de termômetro para atividade varejista. “Há alguns sinais ainda incipientes de que o varejo deve iniciar uma trajetória lenta de recuperação a partir deste semestre. De modo geral, a pesquisa demonstra que o brasileiro está cauteloso, mas ainda disposto a não deixar a data passar em branco”, afirma.

A pesquisa do SPC Brasil e da CNDL mostra ainda que 73% dos brasileiros devem comprar no Dia das Mães, mas apenas 10% disseram que pretendem gastar mais do que no ano passado. A maior parte (38%) planeja desembolsar a mesma quantia que em 2016, enquanto 27% pensam em diminuir. Os consumidores que não vão comprar presentes representam 25% da amostra e os indecisos são 2%.

A necessidade de economizar é a razão mais mencionada por aqueles que pretendem gastar menos no Dia das Mães (46%), mas as dificuldades financeiras também são citadas por 29% dos entrevistados. De acordo com a pesquisa, 28% dos entrevistados declararam ter atualmente alguma conta em atraso.

Dentre a minoria que quer comprar um presente mais caro este ano, o principal argumento é o desejo de adquirir um produto melhor (43%), seguido da percepção de que os itens estão com preços mais elevados (40%).

“Para evitar que uma data comemorativa leve o consumidor ao descontrole das finanças, ele precisa ser um consumidor planejado. A pesquisa de preços é uma grande aliada nesses momentos e será realizada por 75% dos compradores neste ano, pelo que apontou o nosso estudo”, diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Segundo o levantamento, o gasto médio com os presentes será de cerca de R$ 127 e a principal forma de pagamento será à vista (65%).

As instituições informaram que foram ouvidos, pessoalmente, 849 consumidores de ambos os gêneros, acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais do País. Para avaliar o perfil de compra, foram considerados 600 casos da amostra inicial que têm a intenção de comprar presentes. A margem de erro desta amostra é de no máximo 4 pontos porcentuais e a margem de confiança, de 95%.

FONTE: http://www.dcomercio.com.br/categoria/negocios/comercio_paulista_espera_alta_de_4_nas_vendas_de_maio