Análise foi divulgada nesta segunda-feira pelo Ministério do Planejamento. No acumulado de março a julho de 2017, foram sacados R$ 41,8 bilhões das contas inativas do FGTS.
O Ministério do Planejamento divulgou nesta segunda-feira (17) estudo sobre o impacto dos saques das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) – que somaram R$ 41,8 bilhões de março a julho de 2017.
O montante sacado até julho equivale a 96% do total disponível para saques, de R$ 43,6 bilhões. O dinheiro foi sacado por 82% dos 30,2 milhões de trabalhadores com direito ao benefício.
Nesse período de liberação dos saques do FGTS, avaliou o governo, “nota-se aumento das vendas de varejo, em especial de supermercados, celulares e automóveis”. Acrescentou que também pode ser notada uma redução do uso de cheque especial e cartão de crédito e aumento do financiamento de veículos.
“Houve redução da inadimplência, do endividamento e do comprometimento de renda, além de aumento da confiança do consumidor e do comércio. Nota-se também aumento da captação líquida das cadernetas de poupança”, acrescentou o governo federal.
O Ministério do Planejamento informou que o principal objetivo da liberação dos saques das contas inativas do FGTS foi reduzir o endividamento das famílias ou ainda a regularização e situações de inadimplência.
“Além disso, também objetivou dinamizar a economia, por meio do setor de comércio e serviços. Esses aspectos foram corroborados por algumas pesquisas, sendo que a maioria dos entrevistados citou que usaria os recursos primordialmente para regularizar dívidas”, acrescentou.
Quem tem direito
Tem direito a fazer os saques das contas inativas o trabalhador que pediu demissão ou foi demitido por justa causa até 31 de dezembro de 2015. O trabalhador não pode sacar o FGTS de uma conta ativa, ou seja, que ainda receba depósitos pelo empregador atual.
Mais de 2,5 milhões de brasileiros têm direito ao saque no último lote, que é dos nascidos em dezembro. O valor total disponível ultrapassa R$ 3,5 bilhões e equivale a aproximadamente 8% do total disponível.
Para quem nasceu em outro período e ainda não fez o saque o prazo limite é 31 de julho. Se o beneficiário não retirar o dinheiro até o prazo final, o valor voltará para a conta do FGTS e ele só conseguirá sacá-lo se estiver enquadrado nas hipóteses que permitem o saque do FGTS, como trabalhadores ou dependentes portadores do vírus HIV; pessoas em tratamento contra o câncer; doentes em estágio terminal em razão de doença grave, ou se ficar pelo menos 3 anos sem receber depósito de empregadores no Fundo de Garantia.