Apesar da constância, há uma preocupação acima da média com os preços, o emprego e a situação financeira.
Depois da queda registrada em maio, a confiança do consumidor brasileiro ficou estável neste mês, com alguns componentes como expectativa para renda pessoal e inflação começando a dar sinais de melhora.
De acordo com pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor ficou em 100,5 pontos em junho, ante 100,6 em maio e 101 pontos em junho de 2016. O indicador está 7,4% abaixo da média histórica.
“A confiança do consumidor se mantém estável em patamar baixo, sendo incapaz de estimular uma recuperação do consumo suficientemente forte para impulsionar a atividade industrial”, afirma a entidade.
Houve crescimento na expectativa para a renda pessoal nos próximos seis meses, de 2,1% em relação a maio.
Na comparação com junho do ano passado, porém, o indicador apresentou queda de 0,8%. Também foi registrada uma leve melhora nas expectativas para a inflação no próximo semestre, de 0,6% em relação a maio. O índice ficou estável na análise anual.
As projeções para o desemprego ficaram praticamente estáveis em relação a maio (-0,1%) e melhoraram 0,8% ante junho de 2016. Os outros componentes da pesquisa, no entanto, apresentaram piora.
A expectativa de compras de bens de maior valor caiu 1% na comparação mensal e 0,5% na anual. Já as projeções para o endividamento pioraram 0,9% em relação a maio e 2% ante junho do ano passado. A confiança em relação à situação financeira também caiu, 0,3% ante maio e 0,1% na comparação com junho de 2016.
“Há uma preocupação acima da média com os preços, o emprego e a situação financeira. Com isso, a confiança continua muito baixa”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo. A pesquisa foi realizada em 143 municípios, entre os dias 8 e 12 de junho.